4. Linhas de Pesquisa

Deficiência e políticas do cuidado

Essa linha abrange estudos que caracterizam o cuidado como uma categoria política, como um direito fundamental e como algo que se tece nos âmbitos público e privado. Também objetiva visibilizar as implicações das políticas neoliberais que, ao posicionar o cuidado como um serviço que pode ser obtido junto ao mercado e centrar a responsabilidade pela sua obtenção ao indivíduo e a sua família, restringe direitos e vulnerabiliza pessoas que dele necessitam. 

Políticas de acessibilidade

Essa linha de estudos tem como propósito a produção de conhecimentos voltados à ampliação da acessibilidade para a garantia de direitos. Para tanto, compreende que as práticas voltadas à garantia do acesso se centram não somente na utilização do desenho universal, abrangendo também uma perspectiva interseccional e relacional. Assim, compreende que contextos em que as relações são tecidas com base em sistemas opressivos como o capacitismo, o racismo, o cisheteropatriarcado, o etarismo e outros sistemas de opressão, poderão ser inacessíveis para grupos vulnerabilizados socialmente por esses sistemas.

Ativismos defiças e emancipação social

Essa linha de pesquisa abrange estudos que examinam as implicações dos ativismos defiças para a emancipação social. Há uma atenção especial para a análise dos efeitos de políticas identitárias que compartimentalizam as lutas por tipo de deficiência, assim como para os efeitos da patologização da deficiência para a dispersão desse grupo social. Por fim, estuda-se os desafios que as políticas neoliberais  ensejam para a construção de coalizões entre diferentes lutas ou grupos sociais.

 Deficiência e Interseccionalidades

Essa linha de pesquisa situa a deficiência como uma categoria de análise que, na intersecção com outros marcadores sociais da diferença, é constitutiva dos sujeitos. As pesquisas abrangidas por essa linha centram suas análises na forma como a deficiência, na interseção com gênero, raça, etnia, sexualidade, idade, classe social, região, etc, produz diferentes experiências e pode intensificar a opressão. Os estudos também podem abranger a compreensão da deficiência como um elemento que produz encontros e experiências de pertencimento.